“Se for necessário venderemos o patrimônio, caso não consigamos empréstimos para pagar a dívida”, foi o que declarou ontem, o prefeito deste Município, Raimundo Nonato de Sousa Silva, o Nonatinho, após decisão da Justiça para pagar uma dívida de R$ 1,4 milhão, referente a contribuições atrasadas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS) a 320 servidores dos 1.060, vinculados ao serviço público. A realização de leilão dos bens públicos poderá ser uma das alternativas para o Poder Executivo cumprir a sentença judicial.
O Município foi condenado pela Justiça em última instância e, por conta disso, o prefeito resolveu decretar estado de calamidade financeira. Segundo Nonatinho, o valor já vinha sendo pago, mas de forma parcelada, o que não comprometia as finanças do Município. “Havíamos negociado com a Caixa Econômica para pagar o débito, mas de forma parcelada. E agora veio uma outra decisão que temos que pagar tudo de uma só vez”, disse Nonatinho, que cumpre o seu segundo mandato como prefeito.
Durante entrevista coletiva na manhã de ontem em seu gabinete, o gestor municipal, deixou claro que não haverá prejuízos nos serviços que considera essencial, como educação e saúde. “São dois setores que detém recursos próprios e não haverá perdas. Mas ficaremos impedidos de continuar com o trabalho de limpeza da cidade e de coleta de lixo, caso seja cumprida a determinação”, disse, assegurando que o rombo foi deixado por gestores anteriores. “O Município estava entregue há um grupo político que não tinha muito zelo, e como sabia da situação, houve incentivo para que esses servidores buscassem seus direitos na Justiça”