O ex-deputado
disse que mesmo que "atirassem na sua cabeça", voltaria a repetir a
frase polêmica
24/01/2013 - O ex-deputado
Ciro Gomes (PSB) reascendeu nesta quinta-feira, 24, a polêmica com os policiais
militares do Estado. Durante palestra para jovens empresários, ele disse que
repetiria a frase que o transformou em alvo de vários processos judiciais.
"Para mim, quem faz a
cidade de refém, quem faz motim, não é PM, é marginal fardado. E pode atirar na
minha cabeça que não tem perigo de eu morrer sem repetir isso", disparou
Ciro.
O ex-parlamentar se referia
à última greve de policiais militares e bombeiros do Estado do Ceará, ocorrida
no início do ano passado. A paralisação provocou um clima de pânico na Capital
e forçou o governo Cid Gomes a fazer uma série de concessões à categoria.
Na última terça-feira, uma
decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) trancou a
ação penal contra Ciro Gomes, acusado de injúria e difamação por ter chamado os
policiais militares que integraram o movimento grevista de “marginais fardados
aliados com traficantes e covardes”.
Na ocasião, uma queixa-crime
por injúria e difamação foi apresentada pela policial militar Ana Paula
Brandão. A defesa do ex-deputado alegou não ter havido a intenção de ofender a
denunciante e ingressou com habeas corpus no TJ-CE, requerendo o trancamento do
processo.
Segundo o relator do
processo, desembargador Francisco Gomes de Moura, da 1ª Câmara Criminal, ficou
“evidente que declarações não foram dirigidas à pessoa da soldado Ana Paula,
havendo, portanto, a ausência do animus específico e dirigido de ofender,
exigido para a caracterização dos crimes contra a honra”. O voto foi
acompanhado por unanimidade.