quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CI DIZ QUE NÃO QUER CANDIDATO PROPRIO

Se depender do governador Cid Gomes, o PSB não terá candidato próprio a prefeito de Fortaleza e manterá a aliança com o PT. “Pelo meu gosto, a gente faz uma aliança com os partidos e faremos uma candidatura só”, disse, em entrevista exclusiva ao programa Studio News, na TV O POVO, na noite de ontem. Segundo ele, a chance de o PSB ter candidato próprio é nenhuma, em hipótese alguma, no que depender dele. No entanto, ele deixou claro que exigirá alguns critérios para a definição do candidato que desejar seu apoio. 
“Para isso é fundamental que o nome, na ordem cronológica, primeiro consiga fazer aliança partidária, a mais ampla possível”. O que significa, de acordo com o governador, que seja candidato do agrado dos partidos que integram a coalizão. “Mas, fundamentalmente, que, no momento da campanha, seja nome que inspire na população confiança”, acrescentou o segundo critério.
Cid disse ainda não ter sido comunicado oficialmente de nada em relação aos recentes encaminhamentos do PT e, por isso, não quis comentar se algum dos cinco nomes que estão na nova lista petista se encaixaria nesses critérios. Na noite de segunda-feira, a direção estadual e a municipal do PT enxugaram a lista original de 13 pré-candidatos para cinco: Acrísio Sena, Artur Bruno, Camilo Santana, Elmano de Freitas e Guilherme Sampaio. Há chances de José Pimentel também ser incluído.


Sobre o silêncio durante a greve dos policiais militares, que paralisou Fortaleza e outras cidades do Estado no último dia 3, Cid argumentou que não havia o que dizer naquele momento. “Eu só poderia ir para público e dizer que a população tem segurança se eu estivesse seguro, realmente, de que teria segurança para a população. E eu não estava seguro”.
O governador explicou que, no auge da crise, priorizou três frentes: manter canais de diálogo com os policiais militares, assegurar a segurança da população e trabalhar a comunicação. “Foi a nossa grande falha”, reconheceu, em relação ao último ponto.


Segundo Cid, a situação que a cidade viveu naquela terça-feira foi motivada por “muita invenção e muito terrorismo”. “Na segunda-feira, as coisas aconteceram dentro da tranqüilidade. Na terça-feira, houve mais que atos de violência. Se for olhar as estatísticas, não há grandes alterações. Aconteceu foi boataria”, resumiu.