A noite de quarta-feira (23) foi como outra qualquer nos últimos tempos em Camocim. Enquanto cidadãos trabalhavam no período noturno, e outros descansavam após uma longa lida no diurno, uma "ruma" de vagabundos iniciavam uma batalha corriqueira entre gangues compostas de adolescentes adultos raquíticos, marcados pela fome pela qual já passaram e passam, além do crack que se tornou o único "alimento" ainda visto pelos seus organismos. Sem educação, formação familiar e rumo na vida, muitos se metem no mundo das gangues como forma de achar uma espécie de proteção coletiva contra inimigos imaginários, tudo resultado da "lombra" diária. Dessa vez, um membro da conhecida gangue do facão, oriunda do Bairro Jardim das Oliveiras, foi lesionado a golpes de facão (que ironia), por um elemento da gangue do ginásio, que tem sua base próxima ao Ginásio Murilo Aguiar.
A polícia foi chamada após a tentativa de homicídio, que a polícia civil apelidou de lesão corporal de natureza grave. No entender da polícia judiciária, o sujeito que desfere duas "facãozadas" com esse "brinquedo" aí da foto em alguém, não quer matar, só "assustar" talvez. O gangueiro foi atingido na perna e no braço, sangrou que ficou transparente, mas graças à polícia, que mais uma vez teve que servir de ambulância, e ao médico que fez o atendimento de urgência no Hospital Murilo Aguiar, a criatura vai poder assistir à "Fina Estampa" hoje. Isso se ele ficar no hospital. Já o acusado, esse foi encontrado tranquilo e calmo, do ladinho do ginásio (no QG), ainda com o facão pingando sangue. O sujeito não esboçou nenhum tipo de reação, mas isso tem explicação.
Ao chegar à Delegacia, levado pelos policiais, o negócio foi ligeiro, tanto que ele saiu de lá livre, leve e solto e vai responder pelo crime em liberdade. Tudo indica que hoje vai ter a vingança da gangue do facão que, certamente, não deixará de "lavar a honra" de seu "guerreiro". O local onde isso poderá acontecer? Oxe! Há lugar certo não. Pode ser no mato, numa escola, na igreja, na praça principal, mas talvez o "maracanã" disso seja o mercado público. Amanhã saberemos. Quem viver, verá!
