Uma operação simultânea, ocorrida na manhã de ontem, em Belém e Fortaleza desarticulou uma quadrilha interestadual de golpistas que agiam nas duas Capitais. O grupo era chefiado por um homem identificado como Wellington Patrick Borges de Sousa, considerado o ´número um´ do bando. Ele foi preso em Fortaleza, por volta de 6 horas, em um apartamento alugado na Praia do Futuro (Zona leste da Capital).
A operação foi montada durante o último fim de semana, por agentes da Polícia Civil do Pará, que contaram com o apoio logístico e operacional de inspetores do Departamento de Inteligência Policial (DIP), da Polícia Civil do Ceará. Além de Patrick, a Polícia prendeu outro envolvido no crime, um homem identificado apenas por Francisco Edson. Ao grupo é atribuído um golpe milionário em Belém.
Conforme as autoridades, a quadrilha atua na área do estelionato e o ´alvo´ dos criminosos é o comércio. Utilizando documentos falsificados e cooptando ´laranjas´, os golpistas montam empresas, abrem contas bancárias e conseguem até empréstimos. Com prestígio financeiro, adquirem grandes quantidades de mercadorias. “De uma hora para outra, eles desaparecem com todas as mercadorias compradas no comércio”, explicou o delegado Francisco Carlos de Araújo Crisóstomo, diretor de Inteligência da Polícia Civil do Estado do Ceará.
Transferir
Os dois homens detidos na Praia do Futuro foram algemados e levados para a sede da Delegacia Geral e interrogados pelos policiais civis paraenses na sede do DIP.
Fontes da instituição preferiram não dar muitos detalhes da operação. “Ainda existem ´alvos´ que devem ser presos em Fortaleza”, contou um dos inspetores envolvidos na operação.
O delegado-geral da Polícia Civil cearense, Luiz Carlos Araújo Dantas, preferiu também não falar acerca do caso em virtude do andamento das diligências nesta Capital e em Belém.
É provável que, ainda hoje, os dois homens presos sejam transferidos para Belém. Naquela Capital eles tiveram prisão preventiva decretada. A Polícia não revelou quantas pessoas, acusadas do mesmo golpe, foram detidas no Pará.