sábado, 6 de agosto de 2011

MPE QUER PM NAS RUAS PARA FISCALIZAR O TRÂNSITO

AMC é a encarregada de fiscalizar o trânsito em Fortaleza (IGOR DE MELO) 

A ideia vem amadurecida pela promotoria estadual há 34 meses e toma mais corpo agora. O Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas do Trânsito (Naetran) do Ministério Público Estadual quer ver a Polícia Militar cearense de mãos dadas com a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) pelo trânsito sem infrações.

Pelas palavras do promotor Gilvan Melo, “o convênio entre Prefeitura e Estado não quer senão o tráfego mais seguro. A PM tem efetivo presente em toda Capital, seria de grande ajuda se os policiais tivessem poder para fiscalizar o trânsito”. Pela causa, o MPE procurou a imprensa para divulgar as recomendações do Ministério. Porém ainda nada oficial se pode aferir.

Conforme as assessorias da AMC e da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), as casas ainda não foram informadas oficialmente das resoluções executivas para o caso. Fernando Bezerra, presidente da AMC, conversou com a reportagem e pediu para que não se divulgassem intenções favoráveis ao projeto enquanto nada fosse analisado pela prefeitura. Coronel Bezerra, titular da SSPDS, fez semelhante pedido através da assessoria de imprensa.

A experiência em trânsito diário para o consultor de vendas Felipe Viana, de 33 anos, concorda com a recomendação do MPE. “É válido. O trânsito está entregue aos usuários. Imagine você, dia desses, meu carro foi avariado por um caminhão. O motorista me deu a célebre resposta: ‘a culpa foi da árvore’. Claro. Com a Polícia nas ruas pelo trânsito também, o efetivo aumenta e o medo dos infratores também”, respalda Felipe.

BPTran
Por mais de dez anos, o tráfego fortalezense foi fiscalizado pela PM através do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran). Conforme a promotoria, não seria o caso de renascer com o Batalhão, senão de repensar como pode a PM auxiliar no ofício dos agentes de trânsito. “O aporte de pessoal e de autoridade pode fazer muito bem à AMC. É inegável como o trânsito está cheio de infrações, e o órgão não consegue dar conta sozinho”, argumenta o promotor Gilvan Melo.