quinta-feira, 25 de agosto de 2011

PM ACUSADO DE CRIME DE PISTOLAGEM É OUVIDO PELA JUSTIÇA


O policial militar, Jean Charles da Silva Libório, acusado de participar da morte do empresário Francisco Francélio Holanda Filho, foi ouvido nesta quinta-feira, 25, pela 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza.

O depoimento de Jean Charles, que havia sido adiado por motivos de saúde do acusado, durou cerca de duas horas e meia.

O homicídio foi praticado no cruzamento das ruas Padre Valdevino e João Cordeiro, na Aldeota, em 8 de julho de 2010 e teria sido a mando do iraniano Farhad Marvizi, que já prestou depoimento.

O policial militar era o último que faltava ser ouvido. Ele é acusado de apoiar Farhad Marvizi e de utilizar as funções oficiais para favorecer práticas criminosas e contratar pistoleiros. A esposa do policial, Francisca Elieuda, auxiliava no recrutamento de pessoas e no planejamento dos delitos, assim como José Carlos Araújo.


O CASO
De acordo com a denúncia do MP, assinada pelas promotoras de Justiça Alice Iracema Melo Aragão e Joseana França Pinto, na noite do crime, o carro dirigido por Francisco Francélio Holanda Filho foi interceptado por duas pessoas que estavam em uma moto. A dupla desferiu diversos tiros contra o empresário.

Segundo os autos, a vítima que, assim como o iraniano, atuava no ramo de eletrônicos, estava auxiliando nas investigações sobre a forma como Farhad Marvizi importava produtos para o Ceará, vendendo-os a preços abaixo do praticado pelo mercado. As informações obtidas por Francisco Francélio eram repassadas ao auditor fiscal José Jesus Ferreira, que, em dezembro de 2008, sofreu tentativa de homicídio, supostamente cometida a mando do iraniano.

Ainda conforme o processo, Charles Herberth fazia a ligação entre o empresário e os demais denunciados. Maykson Gleyston estava à espera da vítima nas proximidades do estabelecimento comercial, no dia do crime, e Adriano Façanha foi responsável por apurar a rotina de Francisco Francélio.