A Polícia Civil do Ceará esclareceu a fuga de Francisco Edivânio Alves Ferreira, acusado de estelionato e foragido da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), localizada no prédio da Delegacia Geral, em março deste ano.
Segundo Jairo Pequeno, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), o inquérito presidido pelo delegado Jaime de Paula, da DDF, apurou que um policial, na época permanente da DDF, teria facilitado a entrada de familiares do preso, todas as noites, à delegacia. Um dia após a fuga da DDF, Edivânio Ferreira foi capturado no Maranhão.
O delegado Jairo Pequeno informou que o preso chegou a Fortaleza nessa quinta-feira. Em depoimento, Edivânio relatou que na noite da fuga dele não houve golpe de “boa noite Cinderela” contra o policial. Segundo o detento, na ocasião teria havido negligência por parte do policial. Jairo disse que no interrogatório o preso disse que ainda teria tentado acordar o policial e um segurança, que na época trabalhava na Delegacia Geral, mas eles não acordaram, quando ele aproveitou a facilidade para fugir.
Jairo informou que o policial será penalizado e irá responder inquérito policial e processo administrativo disciplinar por desvio de conduta policial. Em depoimento, o policial nega tudo e também entra em contradição em relação ao interrogatório do segurança. Para Jairo Pequeno, preso não é para estar em delegacia e sim em presídio.
“Em razão das circunstancias da superlotação nos presídios, alguns dos detentos ainda ocupam as carceragens de algumas unidades na Delegacia Geral da Polícia Civil”, justifica.
Hoje, de acordo com Jairo, existem presos nas carceragens Delegacia de Narcóticos (Denarc), na DDF, e no Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dip). Segundo o delegado Jairo, a Polícia está em alerta em relação ao número de presos na Delegacia Geral e a segurança do prédio.
