terça-feira, 2 de agosto de 2011

SEIS MIL PEÇAS DE ROUPAS FALSIFICADAS SÃO APREENDIDAS EM GALPÃO NO CENTRO DE FORTALEZA

Seis mil peças de roupas falsificadas foram apreendidas na madrugada desta segunda-feira, 1º, por volta das 2h da manhã, no Galpão da Felicidade, na rua José Avelino, no Centro. Três vendedores foram detidos.

Segundo informações do assessor técnico do gabinete do delegado geral da Polícia Civil, Valdir Cavalcante de Paula Passos, a apreensão faz parte da Operação Surf Wear, feita em conjunto com a inteligência da Polícia Civil. Os vendedores Fagner Lima dos Santos, 29, Antônio José de Souza, 44, e Mariano Gomes Moura, 62, foram detidos em Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) e perderam a mercadoria.

Ainda segundo o assessor, as peças eram de propriedade de integrantes de duas quadrilhas de falsificação de roupas, presos em maio deste ano. A mercadoria teria sido guardada para despistar a Polícia.

As roupas geralmente são vendidas em uma feira que acontece duas vezes por semana, nas madrugadas de quarta para quinta-feira, e de domingo para segunda. O assessor técnico afirma que as feiras são realizadas pela madrugada para burlar a fiscalização.

Operação Surf Wear

Os falsificadores pirateiam roupas de surfe de grifes cearenses conhecidas nacionalmente, assim como de marcas internacionais. De acordo com Valdir, a operação, iniciada em fevereiro deste ano, tem o objetivo de estourar pontos de fabricação e de venda de roupas falsas.

Em abril, cerca de 30 máquinas de fabricação de roupas, duas delas no valor de R$ 100 mil, foram apreendidas em dois imóveis alugados, no Conjunto Ceará. O assessor técnico revelou que a prática de aluguel de imóveis na periferia é comum para a criação de pontos de fabricação das roupas. Os falsificadores quebrariam as paredes do local para abrir espaço para as máquinas, criando um grande vão.

Prisões

Uma série de prisões foi realizada em uma das ações da Operação, em maio deste ano. Segundo o assessor técnico, o chefe de uma quadrilha, Francisco Marcondes Machado Alves, 42, conhecido como "Conde", foi preso. O "cabeça" de outra quadrilha, Urbano Olímpio de Oliveira, 55, e seu filho, Fred Henrique de Souza, 27, tiveram as prisões decretadas, mas ambos conseguiram revogar judicialmente a decisão.

Diogo Olímpio de Oliveira, 28, integrante da quadrilha de Urbano, e Fabiana Paula Soares da Silva, 20, da quadrilha do "Conde", tiveram prisões preventivas de cinco dias decretadas. Já Lissandro de Castro Araújo, conhecido como "Juca", da quadrilha do "Conde", apresentou-se voluntariamente na delegacia e foi preso preventivamente. Todos se encontram em liberdade.

Próximo passo


Ainda de acordo com Valdir, o próximo alvo das investigações seria apreender os ônibus que transportam a mercadoria falsificada para outros estados, como Pará, Maranhão e Pernambuco, principalmente para a feira de Caruaru.