quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO TEM HISTÓRICO DE DENUCIAS ENTRE ELAS ATEÉ FURTO

Renata preside associação que foi instalada às pressas em
motel abandonado, após reportagem do O POVO (SARA MAIA) 

A presidente da Associação Cultural de Pindoretama, Renata Pinheiro Guerra, envolvida no escândalo dos banheiros, deve depor até amanhã, pela segunda vez, na Procuradoria de Crimes Contra a Administração Pública (Procap). Ela foi chamada a esclarecer a ausência dos kits sanitários prometidos através de convênio com a Secretaria das Cidades, da qual a Associação recebeu R$ 400 mil, em 2010.

Não é a primeira vez que Renata enfrenta problemas com a Justiça. Ela responde desde 2002 a processo por furto. Natural do município de Jacobina, na Bahia, ela figurou nos noticiários de Fortaleza após ter sido presa por suposto furto em loja de roupas e acessórios na Capital. À época, a Polícia tentava desarticular uma quadrilha que incluiria Renata, sua mãe, Francisca Neci Pinheiro, e sua irmã, Milena Pinheiro Guerra.

De acordo com informações colhidas no site do Tribunal de Justiça do Ceará, a presidente da Associação é testemunha de defesa em outros processos criminais – tendo como um dos réus Antônio Marcos Maia de Araújo, acusado de roubo, que hoje estaria preso.

Além disso, ela responde na Justiça Eleitoral por doação acima do limite permitido para a campanha do deputado estadual Téo Menezes (PSDB). Renata doou R$ 6 mil em espécie, sendo que o limite máximo permitido é de 10% do rendimento bruto declarado à Receita Federal, no ano anterior à eleição.

O POVO apurou que Renata e Téo Menezes foram contemporâneos em uma das faculdades nas quais o parlamentar cursou Administração.
Em 2006, ela chegou a prestar concurso para escrivão da Polícia Civil do Ceará e foi aprovada na maioria das fases, mas teve problemas na etapa do exame físico.
Exoneração
Depois do escândalo dos banheiros vir à tona, no dia 14 de julho, Renata foi exonerada pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Teodorico Menezes, pai do deputado Téo Menezes.
Ela ocupava cargo comissionado no TCE, atuando na assessoria técnica de Cerimonial e Relações Públicas da Corte.

O POVO entrou em contato com o advogado de defesa de Renata, Flávio Jacinto, e ele afirmou que não havia sido informado que a presidente iria depor hoje.

O advogado disse que entraria em contato com Renata e pediu que a reportagem ligasse meia hora depois. A partir das 17h30min, O POVO entrou novamente em contato com Jacinto, cinco vezes, mas seu celular estava desligado.